- Ufa! Foi
só um sonho! – Falei após perceber que não estava preso numa ilha deserta com
as meninas! – Salvo pelo despertador!
Levantei
na cama e olhei pra parede. Era inevitável não lembrar das três palhaças com um
quadro nosso bem ao lado da minha cama. Provavelmente por eu ter olhado nossas
fotos na noite anterior, tenha acabado lembrando delas.
Ah sim!
Esqueci de falar! Logo após sair da universidade, fui para Riverview. O “com a
empada” e eu resolvemos fechar nosso negócio de bebidas. Na realidade, eu vendi
a casa e ele comprou a minha parte na sociedade. Sim. Eu vendi a casa! Por mais
que eu amasse aquele lugar, não estava disposto a morar em Riverview. Até
pensei em ir para Monte Vista, mas meus pais nômades já estavam em Lucky Palms
e acabei me mudando para cá. Exato! Estou me sentindo um camelo no meio do
deserto! ¬¬’
Minhas
lembranças foram interrompidas após pisar num brinquedo e esbarrar perto da
cômoda. Quem mais seria? Claro! Meu novo “colega de quarto”! Meus pais me
obrigaram a carregar Lucky para minha casa após ele destruir quase todos os
móveis dele! Resultado: a praga linda veio morar comigo. Fazer o que né?
Tomei
banho, café e depois fui para o trabalho no meu carro novo. SIM! NÃO SOU MAIS
UM LISO! Ainda sobrou um dinheiro da venda da casa. É claro que o emprego ainda
não pagava bem... Afinal, ser limpador de penico não é uma coisa muito bacana!
De todos
os meus problemas, o maior estava em casa. Lucky fazia questão de deixar o
quintal todo esburacado. Eu já não aguentava mais encontrar meus sapatos, minhas
meias e até minhas cuecas enterrados no quintal.
Como forma
de distração – e para evitar a solidão do coitado -, deixava a televisão ligada
o dia todo. Porém, não pensem que minha vida ficou livre dos buracos. Agora
eles vinham na conta bancária sempre que eu pagava a conta de luz.
Quando eu
chegava em casa, tinha que gastar saliva brigando com meu monstrinho.
- Lucky,
se você me fizer jogar outro tapete fora, eu juro que faço outro com o seu
couro!
Ele
abaixava a cabeça e fazia uma carinha fofa. E então eu não resistia. Afinal, o
que era gastar 500 simoleons a cada dois dias? #ironia
Naquela
tarde, após voltar do trabalho, resolvi dar uma passada na mercearia. Até
levaria Lucky comigo, mas ele estava proibido de entrar no local depois de destruir
a prateleira de morangos. Comprei algumas ervas, grãos e sementes que seria uteis
nas minhas pesquisas científicas.
Em
seguida, fui até a livraria para comprar alguns livros de receitas. Estava
cansado de comer apenas salada de outono e panquecas!
Foi quando
notei que ali ao lado havia uma espécie de biblioteca comunitária. Fui até lá e
notei outra grávida! (Viram a outra na foto anterior?) Seria um surto de
gravidez em Lucky Palms? Acabei conhecendo uma cientista chamada Vivian, ou era
Viviane ou Vanessa. Não me lembro bem.
Voltei pra
casa morrendo de fome e, enquanto eu preparava o jantar, o Lucky me trouxe o
jornal. Puxa saco!
Joguei um
pouco de xadrez...
... e li
um livro médico que meu chefe havia me recomendado.
Porém,
apesar de a cama de Lucky estar em meu quarto, ele sabia que eu estava chateado
com ele. Pulou na minha cama e ficou tão quieto que acabou pegando no sono. Eu
estava com raiva sim pela sujeira na casa, mas o fato era que eu o amava.
Mas ainda
tenho a sensação que ele vai aprontar bastante nessa vida a dois...